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Bolsonaro já está no Albert Einstein para retirada da bolsa colostomia

O presidente Jair Bolsonaro passará por uma nova cirurgia para retirada da bolsa de colostomia e reconstrução intestinal na manhã desta segunda-feira. Ele chegou na manhã deste domingo a São Paulo para se internar no hospital Albert Einstein, onde ele foi operado quando sofreu um atentado a faca no ano passado. O procedimento – o terceiro desde o ataque em no dia 6 de setembro – é menos arriscado que os anteriores, mas o presidente será submetido a anestesia geral e terá o abdômen novamente aberto.

A cirurgia será realizada por uma equipe médica de três cirurgiões e dois anestesistas comandada pelo Dr Antônio Macêdo. Bolsonaro realizou neste domingo exames de sangue e uma tomografia computadorizada para averiguar se havia alguma infecção ou abscesso nas alças do intestino. Segundo o hospital, os resultados foi satisfatório e o presidente está liberado para a operação – a cirurgia já havia sido adiada uma vez, em dezembro, por conta da constatação de aderências. O procedimento costuma durar cerca de duas horas e tem uma média de internação de cinco dias, dependendo da evolução do paciente. Macêdo, porém, ainda evitar estimar quando Bolsonaro deverá ter alta.

A cirurgia ainda é decorrência do atentado que Jair Bolsonaro sofreu durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), quando Adélio Bispo de Oliveira lhe feriu com uma faca, que atingiu vários órgãos. O presidente foi levado para a Santa Casa de Misericórdia, onde foi operado com urgência no intestino.

Houve hemorragia e vazamento de fezes para a cavidade abdominal, e a equipe médica cortou de 10 a 15 centímetros do intestino grosso lesionado (chamado cólon transverso). Uma das partes foi colocada junto à parede intestinal e a outra conectada à bolsa de colostomia para evacuação. O objetivo era evitar o contato da região mais afetada do intestino grosso com as fezes até sua cicatrização. Outra cirurgia precisaria ser feita meses depois para reconstruir o trânsito intestinal.

Bolsonaro Está há quatro meses e meio com a bolsa de colostomia, e a cirurgia desta segunda é justamente para retirá-la e reconstruir o trânsito intestinal. “O médico vai abrir o abdômen, fazer uma laparotomia, para soltar aquelas duas alças do intestino e fazer uma costura unindo a parte distal e proximal”, explica o professor de cirurgia intestinal do Hospital das Clínicas, Carlos Walter Sobrado.

O médico afirma que o procedimento não é complicado do ponto de vista técnico, mas que é preciso muita atenção no pós-operatório para que a equipe aja rapidamente caso haja alguma aderência ou infecção. Há outros métodos menos invasivos para retirar a bolsa, mas a gravidade do caso de Bolsonaro, que já passou por dois procedimentos cirúrgicos e complicações com as aderências, exige a reabertura do abdômen. “Já passaram mais de quatro meses desde a última cirurgia. É um prazo superior aos três meses que costumamos esperar para controlar a infecção e o paciente melhorar, então está em uma época boa para a cirurgia do Bolsonaro”, avalia Sobrado. Conteúdo creditado EL PAIS.

gospelmund.com