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Branislav Kontic preso pela a Lava-Jato, foi chefe de gabinete de Marta Suplicy

Um dos assessores de Antonio Palocci preso nesta segunda-feira (26) pela Polícia Federal foi chefe de gabinete interino da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, em 2003, à época filiada ao PT.

Trata-se do sociólogo Branislav Kontic, de origem sérvia, que atuou nos dois últimos anos da gestão de Marta -ele entrou em janeiro de 2003 e ficou como assessor especial até dezembro do ano seguinte, quando se encerrou o mandato da prefeita.

Kontic também foi casado com uma irmã de Marta, Teresa, que morreu em 2000, e teve uma empresa em sociedade com Luis Favre, ex-marido dela.

Marta concorre à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, estando tecnicamente empatada com João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) na última pesquisa Datafolha de intenção de voto.

Nas investigações da Operação Lava Jato, Kontic aparece como o assessor de Palocci que servia de intermediário para demandas de Marcelo Odebrecht, o ex-presidente do grupo homônimo que está preso desde julho de 2015 e já foi condenado a 19 anos de prisão.

Uma dessas demandas, segundo a PF, era a aprovação da medida provisória de número 460, de 2009, a qual reduzia custos fiscais para a Odebrecht. Por intervenção do ministro da Fazenda à época, Guido Mantega, a MP foi vetada por Lula.

Marcelo Odebrecht tentou transformar o limão em limonada, e sugere a edição de uma medida provisória específica para as demandas fiscais da Odebrecht. Em e-mail enviado em 30 de março de 2010, Marcelo diz o seguinte: “Brani, Tudo bem? Diga ao chefe que a única maneira de evitar as idas e vindas e acabarmos perdendo o prazo para uso do PFiscal é realmente uma MP específica. Pagaríamos o saldo com PF durante a vigência da MP, e depois não importa as emendas, a MP poderia caducar”.

“Se formos continuar via emendas, vai ser esta batalha inglória, onde todos querem sempre enfiar algo que o governo não aceita”, continua.

O relatório da PF não explica o que era o “PFiscal” mencionado na mensagem.

Kontic também é apontado como o interlocutor de Marcelo Odebrecht na compra de um terreno pela empreiteira que seria destinado ao Instituto Lula, mas acabou não sendo utilizado para essa finalidade.

Em e-mail de 22 de setembro de 2010, Marcelo pergunta a Kontic: “Preciso mandar uma atualização sobre o novo prédio para o Chefe amanhã. Qual a melhor maneira?”

Kontic também foi assessor de Palocci quando ele ocupou a chefia da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff, de janeiro a junho de 2011. Ele também cuidava da assessoria que Palocci manteve enquanto estava no cargo, a Projeto, que acabou funcionando como o pivô da queda do ministro -Palocci se recusou a revelar quem eram os clientes que haviam pago cerca de R$ 35 milhões quando ele era deputado, entre 2007 e 2010.

A assessoria de Marta afirmou, em nota, que a candidata “reitera seu apoio às investigações conduzidas no âmbito da operação Lava Jato”.

“Hoje mesmo [nesta segunda], em coletiva de imprensa durante uma visita à zona leste, a candidata declarou que a Lava Jato faz um trabalho importante e que todos devem ser investigados, independentemente de quem sejam”, informou a assessoria.

Procurado pela reportagem, o advogado de Kontic, José Roberto Batochio, não havia se manifestado até as 16h30. Com informações da Folhapress.

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