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Cirurgia bem sucedida de Neymar, mais PSG constrange o médico da Seleção

Como tudo envolvendo Neymar, até a cirurgia mais séria de sua carreira, foi digna de uma celebridade, não de um jogador de futebol. Jamais o hospital Mater Dei se submeteu a um esquema de guerra. Todo o 16º andar onde o atacante foi internado, operado e passou as primeiras horas de recuperação ficou sob o controle do PSG. Aliás, o próprio hospital virou território francês.

A assessoria do luxuoso hospital de Belo Horizonte foi impedida de passar qualquer informação oficial sobre a cirurgia. A assessoria de imprensa da CBF, também. Ele veio ao Brasil como propriedade do PSG, que fez valer o seu direito de ter pago R$ 822 milhões e comprado o jogador mais caro de todos os tempos. O custo de todo o hospital Mater Dei Contorso foi de R$ 300 milhões. Mais de duas vezes menos que o atacante.

Mas os franceses não conseguiram driblar o ‘jeitinho brasileiro’. Médicos passaram para jornalistas mineiros amigos. A cirurgia começou às 9h13 e terminou às 11h15. Foi muito bem sucedida. E um parafuso de platina foi colocado no quinto metatarso do pé direito de Neymar, para acelerar a recuperação óssea.

Aliás, os jornalistas franceses do L’Equipe, um dos órgãos de comunicação mais repeitado do mundo, desmoralizou o médico da Seleção Brasileira, Rodrigo Lasmar. Com uma fonte ligada ao PSG, o jornal garantiu que Lasmar mentiu no seu diagnóstico de Neymar. O médico brasileiro avisou que ele havia fraturado um osso do meio do pé. E que sua recuperação levaria três meses.

“A comunicação de Rodrigo Lasmar é escandalosa. Ele esperou estar no Brasil para falar e diminuir o PSG, que confiou nele. Neymar tem uma fissura sem deslocamento e incompleta, quer dizer que uma parte do osso não está fissurada. E Lasmar não é o melhor em cirurgia como são (Eric, médico do PSG) Rolland e (Gérard, médico que supervisionará a cirurgia) Saillant”, disse a fonte do L’ Equipe. E que, com certeza, está ligada à área médica do PSG. O clube havia garantido que ele só tinha fissura e estaria pronto para jogar, no máximo em dois meses.

A desmoralização de Rodrigo Lasmar foi tão grave que o médico decidiu cancelar a coletiva que daria após a cirurgia. Ficou claro que o impasse é entre a Seleção Brasileira e o PSG. O ideal para Tite é que Neymar leve mais tempo possível se recuperando. E chegue pronto para a Copa do Mundo em junho. Já o clube francês e, principalmente seu ameaçado treinador, Unai Emery, deseja o atleta o quanto antes.

Além do incômodo de Lasmar, o PSG decidiu proibir que ele desse qualquer detalhe da cirurgia. O jogador é propriedade do clube francês e o médico já disse algo que não foi de agrado da equipe. Ao contrário, só trouxe mais tumulto. O pai de Neymar, tentando amenizar o clima ruim entre o clube e o seu filho, que exigiu a cirurgia, decidiu ficar na frança. Acompanhará para as câmeras o confronto decisivo contra o Real Madrid. Puro teatro para mostrar o quanto é umbilical a ligação entre o jogador e a equipe francesa. (R7)

Portal: Globo Expresso.Com