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Como começar a investir fora do Brasil?

Investir em produtos internacionais é uma forma de ter mais retorno em seus investimentos. Conheça 5 maneiras seguras de começar.

Boa parte dos brasileiros já entendeu que guardar dinheiro na poupança não vale a pena. Como seu rendimento está abaixo da taxa Selic, o investidor acaba “perdendo” dinheiro, pois não consegue acompanhar o valor que ele deveria ter na atualidade.

Para quem ainda está dando os primeiros passos, investimentos como o Tesouro Direto — considerado o mais seguro —, podem valer a pena. Já o investidor mais experiente pode gostar de adquirir ações. Embora mais arriscadas, elas podem gerar ganhos bem mais interessantes.

Por fim, vem quem já tem ainda mais experiência e já está preparado para um investimento internacional. Apesar de parecer arriscado, contar com aplicações em dólar ou em euro pode proporcionar um bom rendimento no final do período, principalmente quando se pensa na conversão em real. 

Entenda como começar a investir fora do Brasil:

Fundos de investimento

Os fundos de investimento são a maneira mais segura de investir internacionalmente, principalmente porque não exigem que o investidor envie dinheiro para fora do país. 

De modo amplo, os fundos de investimento acontecem quando o investidor adquire cotas de participação. Esses recursos são movimentados por um gestor, que move o investimento dos cotistas conforme a estratégia definida. 

No caso dos fundos internacionais, a lógica é a mesma, o que muda é que as cotas são focadas em ativos externos. Há dois tipos de cotas: os fundos de renda fixa e os de renda variável.

Os fundos de renda fixa são voltados a aplicações cujas regras de rendimento são predefinidas, como títulos públicos ou bonds (dívidas privadas). Portanto, o investidor já sabe quanto vai receber no final do período. Já os de renda variável priorizam ativos mais arriscados, mas também com mais potencial de ganhos — as ações, por exemplo.

Brazilian Depositary Receipts (BDR)

Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas no exterior, mas que são negociadas pela bolsa de valores brasileira (B3). Também são investimentos que não exigem que o dinheiro saia do país. Além disso, podem ser convertidos em ações quando o investidor quiser.

O mais interessante dos BDRs é a oportunidade de investir em grandes empresas, como Facebook, Apple e até a Disney, sem ter que sair do Brasil. Desde setembro de 2021, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite a aquisição de títulos representativos dessas empresas por investidores pessoas físicas não qualificados, ou seja, que têm menos de R$ 1 milhão investidos em ativos financeiros.

Certificado de Operações Estruturadas (COE)

Emitido por instituições bancárias, o COE é um título que mistura ativos de rendas fixa e variável, como se fosse um “pacote” de operações financeiras. Por meio dele, é possível investir em uma série de combinações, como ações estrangeiras, ouro, moedas internacionais ou índices de ações de bolsas americanas. 

O COE também não exige o envio da moeda para o exterior. Além disso, muitos certificados oferecem maneiras de proteger o valor nominal para que, caso haja perdas, o investidor receba a quantia que investiu.

Exchange-Traded Funds (ETF)

Os ETFs são os fundos de índices que tentam reproduzir fielmente a carteira de um índice e, por isso, acompanham o seu desempenho. O investidor pode adquiri-los no pregão da B3: suas cotas são negociadas da mesma forma que as ações — os tributos também são os mesmos —, mas cada uma delas representa uma carteira com dezenas de papéis incluídos.

Corretora estrangeira

Ter uma conta em uma corretora estrangeira também é uma forma de investir fora do país. O processo é prático, já que tudo é feito on-line. Além disso, a empresa converte automaticamente o real investido em dólar. Todo o envio costuma ser feito por transferência bancária, e é compensado em um ou dois dias.