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BC não interfere e Dólar fechou em alta pelo 7º dia em R$ 4,12

Dólar fechou em alta pelo 7º pregão seguido nesta quinta-feira (23), acima de R$ 4,12, maior patamar em quase três anos. A tentativa de correção da moeda norte-americana foi ofuscada pelo cenário externo, após Estados Unidos e China aplicarem nova rodada de tarifas comerciais entre si, e pelo cenário eleitoral nos últimos dias, com os investidores repercutindo as primeiras pesquisas de intenção de voto. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,1222, uma valorização de 1,71%. Na máxima, chegou a R$ 4,1272.

“Segundo interlocutores do governo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do BC, Ilan Goldfajn, não intensificaram as conversas nos últimos dias, o que sinaliza que estão tranquilos com o quadro no câmbio. Mas isso não impede que o BC venha a atuar futuramente caso a moeda continue a subir.”

O dólar tem sido fortemente impactado pelo cenário interno. Os resultados das últimas pesquisas eleitorais decepcionaram os investidores. O desempenho de Geraldo Alckmin (PSDB), considerado o candidato mais comprometido com o ajuste fiscal, não agradou. Somado a isso, o mercado se mostra preocupado com a possibilidade do PT disputar o segundo turno.

Já no mercado externo, a nova rodada de tarifas comerciais entre Estados Unidos e China têm pressionado a moeda. Os investidores também aguardam o encontro dos representantes dos principais bancos centrais globais na cidade norte-americana de Jackson Hole a partir de sexta-feira, quando o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, tem discurso previsto.

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