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Equipe econômica do Governo, deve anunciar ainda hoje nova meta fiscal

Após dias de negociação, o governo federal deve anunciar, nesta terça-feira (15), a nova meta fiscal deste ano e do ano que vem. O valor deve girar em torno de R$ 159 bilhões de reais de déficit (ou seja, se as previsões se confirmarem, tanto em 2017 como em 2018 o governo deve gastar R$ 159 bilhões a mais do que arrecada).

As metas ainda vigentes para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) são de um rombo de R$ 139 bilhões em 2017 e de R$ 129 bilhões para o próximo ano. A expectativa era de que o anúncio fosse feito nesta segunda-feira (14), depois de um final de semana de reuniões entre o presidente Michel Temer, a equipe econômica e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No entanto, depois de mais uma rodada de encontros no Palácio do Planalto, o governo decidiu adiar mais uma vez o anúncio. Inicialmente, a equipe econômica cogitava incluir a alta nos impostos, mas Maia e Eunício avisaram que não havia margem para que nenhum aumento passasse pelo Congresso.

“Não tem aumento. Já resolvemos isso”, disse à agência Reuters uma fonte com trânsito na cúpula do governo. “Vai ser 159, um pouquinho menos talvez, vai estabilizar nisso.” Mais cedo, circulou a informação de que a nova meta giraria em torno de R$ 170 bilhões de déficit. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no entanto, usou seu perfil no Twitter para negar a informação.

Líderes políticos: O presidente Michel Temer inclui líderes político no debate com a intenção de facilitar o caminho para a aprovação de medidas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou uma reunião na manhã desta terça-feira entre os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, e os líderes da base aliada do governo, na residência oficial da presidência da Câmara. Segundo Maia, o objetivo é a equipe econômica explicar aos parlamentares a situação fiscal do país. “Pedi que eles apresentassem de forma clara para os líderes da base a situação fiscal do Estado brasileiro para que cada um saiba como aumenta a despesa e onde vai buscar receita para cobrir essa despesa. O déficit da Previdência aumenta 40, 50, 60 bilhões de reais por ano. Onde vai se buscar dinheiro?”, questionou.

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