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Ex-ministro homologou delação premiada na 4ª Região da TRF-4

O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) homologou o acordo de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci. O acordo, aceito pela Justiça nesta sexta-feira (22/6), foi firmado com a Polícia Federal. Considerado homem forte do Partido dos Trabalhadores (PT), Palocci cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras pessoas ligadas a legenda. A negociação com as autoridades durou sete meses.

Durante as reuniões realizadas para tratar da delação, Palocci também fez denúncias contra políticos e empresários. Em relação a Lula, o ex-ministro contou que o petista recebeu U$ 1 milhão do ditador líbio Muammar Kaddafi, em 2002, e que ele mesmo trouxe o dinheiro ao Brasil, destacando que tem os comprovantes das operações.

Além disso, Lula teria atuado para abrir o mercado da Líbia para a construtora Odebrecht, mediante o recebimento de propina. O acordo de colaboração sofreu críticas da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que afirmou que as negociações “ocorreram fora da jurisdição de Brasília.”

Com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) para que delegados da PF e da POlícia Civil fechem esse tipo de contrato, o TRF-4, que já analisava o assunto, formalizou a colaboração. Palocci está preso desde setembro de 2016 e foi condenado a 12 anos de prisão no esquema que envolve a Odebrecht e os desvios na Petrobras. O processo, originado pelas investigações da Lava-Jato, segue em segredo de Justiça.

Portal: Globo Expresso.Com