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Bolsonaro detona Bruna Surfistinha, e diretor do SBT saiu em sua defesa

Bolsonaro deu a polêmica declaração de que filmes como Bruna Surfistinha não devem passar pela aprovação da Ancine. O presidente Jair Bolsonaro nesta semana resolveu disparar uma metralhadora de opiniões polêmicas (para usar um termo comum em suas falas). Além propagar uma fake news sobre a jornalista Miriam Leitão e chamar o Nordeste de “Paraíba”, ele também criticou diretamente o filme Bruna Surfistinha para defender mudanças na escolha dos filmes financiados pela Ancine.

“A cultura vem para Brasília e vai ter um filtro sim, já que é um órgão federal. Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos, passaremos. Não pode é dinheiro público ser usado para filme pornográfico”, disparou o presidente, que também foi questionado sobre qual tipo de filtro deverá ser feito na Agência.

O presidente respondeu. “Culturais. Temos tantos heróis no Brasil e a gente não fala desses heróis no Brasil, não toca no assunto. Temos que perpetuar, fazer valer, dar valor a essas pessoas que, no passado, deram a vida, se empenharam para que o Brasil fosse independente lá atrás, fosse democrático e sonhasse com um futuro que pertence a todos nós”, disse ele.

A declaração gerou enorme polêmica nas redes sociais e logo o tema virou um dos assuntos mais comentados do momento, contando com declarações tanto da Bruna Surfistinha original e também de Deborah Secco, que interpretou a garota de programa no filme. Mas também teve quem defendesse o líder máximo do executivo nacional.

Diretor do SBT, Fernando Pelégio utilizou o Instagram para mostrar seu posicionamento sobre a fala do presidente. “Correto dizer que a Ancine não foi criada para propagandear as mazelas do Brasil com dinheiro de impostos. Se o dinheiro é público, deve-se servir ao bem público e ao Brasil. Nunca ouvi falar em censura, ninguém a quer de volta, se os Produtores de Bruna Surfistinha querem fazer o filme, sem problemas”, iniciou.

“Podem fazê-lo, mas segundo a ótica correta dele, sem dinheiro da sociedade. A curadoria se faz necessária. Que se faça uma Ancine que contribua com o país ou não há razão para existir. Se é para funcionar erradamente, vamos parar de cobrar a Codecine (menos um imposto nas nossas vidas) e deixar o mercado funcionar de acordo com a lei da oferta e procura”, disse ele sobre a declaração de Bolsonaro.

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