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Lava Jato completou 4 anos, veja como tudo começou, os culpados, e impunes

A Operação Lava Jato completou neste sábado (17) quatro anos, veja alguns números relacionados à investigação. Fio condutor da Operação Lava Jato ao longo dos últimos quatro anos, o vasto esquema de corrupção que vitimou a Petrobras, maior empresa pública brasileira, era composto, em síntese, por três grandes eixos: os diretores da estatal; políticos influentes, sobretudo os ligados a três grandes partidos (PT, MDB e PP); e as maiores empreiteiras do Brasil e seus dirigentes. Ao longo de mais de uma década, funcionou uma triangulação quase perfeita.

Primeiro, políticos indicavam para cargos de confiança na Petrobras servidores alinhados aos seus interesses. Em troca de ali ficarem (e de um generoso percentual da coisa toda), os diretores da estatal beneficiavam de forma indevida em contratos um cartel de empreiteiras.

Estas, por fim, desviavam parte do lucro nos negócios em propina para os mesmos funcionários da Petrobras, os políticos que os indicaram e seus partidos. Parte desse valor era pago através de doações de campanha, declaradas ou não (caixa 2); outra parte foi repassada por meio de complexas redes de lavagem de dinheiro. Foi assim que tudo veio à tona: em 2014. A operação já acumula 49 fases. Nesse período, 188 pessoas foram condenadas por envolvimento nas fraudes descobertas pela Polícia Federal.

As sentenças que somam 40 

Foram proferidas pelo juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal em Curitiba e responsável pelas investigações na primeira instância judicial. Além de investigados ligados à Petrobras e ex-diretores de empreiteiras, que assumiram fazer parte de um cartel para desviar recursos de contratos da estatal, foram condenados políticos que deixaram de ter foro por prerrogativa de função e passaram a ser julgados pela primeira instância da Justiça. Muitos dos condenados respondem pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por terem recebido vantagens indevidas oriundas de desvios da Petrobras.

Dos condenados, vários foram sentenciados mais de uma vez, como o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Youssef foi condenado dez vezes. Costa foi apenado em oito sentenças, mas ambos firmaram acordos de delação premiada com o Ministério Público e estão livres.

Principais Envolvidos

Sem julgamentos no STF 

Nas instâncias superiores da Justiça, nenhum dos investigados com foro privilegiado, como deputados, senadores e ministros, foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As primeiras investigações chegaram à Corte em 2015. De acordo com levantamento mais recente divulgado pelo gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, cinco ações penais envolvendo investigados estão em andamento, duas foram enviadas para o ministro-revisor, última etapa para julgamento; duas estão em diligências finais, além de 50 inquéritos sem denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Principais Envolvidos

Portal: Globo Expresso.Com