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Rodrigo Janot, solicitou que as investigações sobre Lula e Dilma, continue no STF

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou que a investigação sobre obstrução da Lava Jato pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff prossiga no Supremo Tribunal Federal. Janot protocolou na quinta-feira (23) sua manifestação junto ao ministro Edson Fachin, relator da operação.

O caso corre no Supremo porque também inclui duas autoridades com foro privilegiado: a PGR investiga ainda se Dilma nomeou o ministro do STJ Marcelo Navarro, sob articulação do então presidente do STJ Francisco Falcão e do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, sob o compromisso de obter a soltura de empresários presos na Lava Jato, entre eles Marcelo Odebrecht. Um terceiro fato investigado no inquérito é uma oferta de ajuda do então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para evitar a delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).

No mês passado, relatório da Polícia Federal assinado pelo delegado Marlon Cajado recomendou o desmembramento, para a primeira instância, da investigação sobre a nomeação de Lula por Dilma. O delegado apontou em sua peça que Lula e Dilma agiram para obstruir a Lava Jato. Na primeira instância, a investigação e o processo penal costumam andar mais rápido, o que seria uma derrota para os ex-presidentes petistas. Janot, que é a autoridade responsável por conduzir a investigação, discordou do delegado e solicitou ao STF que o inquérito não seja desmembrado. Em geral, durante a fase de inquérito, os ministros do Supremo costumam seguir os posicionamentos do Ministério Público. O procurador-geral apontou que o antigo relator, Teori Zavascki, já havia se posicionado contra o desmembramento e que, por isso, as investigações devem continuar sendo aprofundados no Supremo, com novas tomadas de depoimentos e diligências.

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