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Traficante apontado por comandar motins em prisão de Goiás, é preso no Rio

Policiais civis prenderam na manhã deste domingo, 07, Stephan de Souza Vieira, o “BH”, de 34 anos, considerado o principal chefe da facção Comando Vermelho atuando no estado de Goiás. A prisão ocorreu em um apartamento de luxo no bairro Vila Nova, no município de Cabo Frio, na região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, em uma operação conjunta da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio, com suporte da Polícia Civil de Goiás.

O criminoso estava foragido desde novembro do ano passado, quando escapou do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Autoridades atribuem à ele a responsabilidade pela série de rebeliões ocorridas na unidade prisional. Há uma investigação em curso para saber se houve facilitação em sua fuga naquela oportunidade. Ele é acusado também de ter ordenado uma série de assassinatos na disputa por pontos de vendas de drogas em Goiânia. Condenado a uma pena de 26 anos por tráfico de drogas, cumpria pena no regime semiaberto.

Transferência de presos
A Justiça Federal expediu no sábado (6) o pedido de transferência de presos da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia , palco de motins na primeira semana do ano. O governo do estado afirmou, em nota, que pretende cumprir imediatamente a decisão judicial.

A transferência dos detentos, porém, de acordo com o governo estadual, depende da agilidade do Ministério da Justiça – que deve indicar, a partir da segunda-feira (8), para quais unidades deverão ser encaminhados. A decisão da Justiça foi realizada pelo juiz federal Leão Aparecido Alves, que atendeu um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em que foi pleiteada a limitação de 400 presos na unidade, em face “das graves violações de direitos humanos”.

Desde o início do ano, ocorreram três rebeliões no Complexo Prisional de Aparecida de Goiás, duas das quais na Colônia Agroindustrial . No primeiro motim, nove presos morreram, dois deles decapitados. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) anunciou também a realização de mutirões para apreciar pedidos de progressão de regime e liberdade condicional de presos. A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, deve visitar o presídio nesta segunda-feira (9).

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