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Eleições em París pode tomar novo desfecho, depois do atentado do Estado Islâmico

Paris continua respirando cultura, mas a sensação de liberdade, em cada leitura pelos parques, em cada conversa nos cafés na calçada, nos tradicionais boulevares e suas vitrines suntuosas, tem se revezado com um medo medieval. E o último ataque terrorista na capital francesa, que causou na quinta-feira (20) a morte de um policial e deixou outros dois feridos na avenida Champs-Elysée, reacendeu na Cidade Luz um clima de insegurança que pode modificar o rumo das eleições presidenciais do próximo domingo (23).

Na opinião do professor José Niemeyer, coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec (RJ), apesar de ter sido um ato muito grave, mas de menor dimensão, em relação aos atentados de janeiro e de novembro de 2015, o ataque trouxe de volta um clima de insegurança e, como visto em outras ocasiões na Europa, pode mudar a história. Pode ser, por exemplo, um estopim para a chegada da extrema-direita no comando do país, com uma vitória da candidata Marine Le Pen, segundo ele.

O presidente François Hollande já disse estar convicto de que ação foi um ato terrorista, inclusive reinvindicado pelo Estado Islâmico. Hollande declarou que as forças de segurança estarão atentas para garantir a normalidade das eleições. Em pesquisa do instituto Elabe divulgada nesta segunda-feira (17), quatro candidatos estavam em situação de equilíbrio, podendo chegar ao segundo turno: Emmanuel Macron, independente do Em Marcha!, com 24%; Marine Le Pen, ultranacionalista da Frente Nacional com 23%; François Fillon, conservador d’Os Republicanos, com 19,5% e Jean-Luc Mélenchon, esquerdista do movimento França Insubmissa, com 18%.

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